Como você acha que a engenharia química tem atuado no combate ao Covid-19? Saiba agora, através deste artigo, a importância destes profissionais no momento que vivemos. Bora Conferir!
Em dezembro de 2019, foi detectado um novo tipo de vírus na região de Wuhan – China ao qual foi dado o nome COVID-19. Desde então, a cada dia que passa, o número de infectados e mortos vítimas do vírus vem aumentando.
Uma pesquisa feita à Organização Mundial da Saúde – OMS, o número de casos confirmados totalizam mais de 90 milhões no mundo. Diante dessa situação, diversos profissionais, tais como da Engenharia Química, vem buscando soluções de forma a auxiliar na imunização e na não propagação do vírus.
Uma visão geral da Engenharia Química.
Tendo um olhar macro, podemos perceber que a química está presente em tudo em nosso cotidiano. Sendo assim, é difícil pensar em algo que não passe por um processo químico ou tenha explicação química, desta forma, podemos assumir que a Engenharia Química esta presente dia a dia em nossas vidas.
Essa presença faz com que os profissionais desta área tenham um conhecimento vasto que englobam outras áreas da ciência definindo-a, como “Engenharia Universal”.
Essa universalidade nos permite empregar nossos conhecimentos em diferentes campos de atuação, a depender da especialização e ou interesse do engenheiro. E claro, em um olhar micro, no combate ao COVID-19.
E qual a atuação de Engenharia Química contra o COVID?
Retrocedendo ao início do ano de 2020, diversos jornais informaram que a demanda por álcool em gel aumentou de for exponencial e que os fabricantes desse produto não conseguiram conter essa demanda por falta de insumos.
Uma parte da composição do álcool em gel, mais especificamente o polímero acrílico (espessante) com a função de dar a forma gelatinosa, é importada o que retardaria a formulação do ,e, com a alta do dólar os preços chegaram ao consumidor de forma inflacionada.
Ao propósito de conter esse problema profissionais da Engenharia Química buscaram novas alternativas para substituir a falta do espessante.
A engenharia e as áreas de atuação
Na Indústria de Polímeros, a Engenharia Química tem seu espaço na descoberta e produção de novos polímeros para a produção de Face-shields, tubos para coleta de exames, seringas …
O impacto relacionado a insumos atingiu igualmente a Indústria Farmacêutica para a produção de substâncias como vitamina C, dipirona e paracetamol, dentre outros.
Cabe ressaltar que ainda não há um medicamento próprio para o COVID-19, sendo assim, a Engenharia Química atua na produção e descoberta de fármacos e vacinas apropriadas ao combate à pandemia, conhecendo novas rotas de síntese, estabilidade, eficácia, tempo de vida útil, efeitos colaterais que poderão advir e de que maneira aumentar a produção sem que perca sua eficácia.
Lembrem-se, as moléculas reagem por mecanismos diferentes, o que era pra ajudar pode vir a piorar dependendo da situação.
Na indústria química, temos a produção de água sanitária (solução de NaClO), atuando como desinfetante tanto em ambientes residuais quanto hospitalares bem como a descoberta de novos reagentes para que se possa identificar de forma mais eficaz o vírus num menor espaço de tempo possível.
A tecnologia da impressora 3D foi utilizada em alguns países para produção de equipamentos no tratamento da COVID, contudo, a barreira do custo dos insumos necessário foi contornada com profissionais da Engenharia Química no desenvolvimento de novos polímeros, específicos para essa tecnologia, mais baratos.
No quesito ambiental, tivemos uma atuação desses profissionais.
Mas o que tem a ver a Engenharia Química, COVID-19 e Meio Ambiente?
A resposta é TUDO!
Sabemos que no mundo ideal nada funciona perfeitamente. Os processos químicos industriais geram subprodutos, que, em alguns casos não possui valor de mercado e necessitam ser eliminados.
Para isso, esses efluentes necessitam e devem ser encaminhados para uma Estação de Tratamento de Efluentes de forma a amenizar o impacto causado no meio ambiente.
Os processos industriais também necessitam de energia elétrica assim como na forma de calor.
Em resumo, para gerar energia em forma de calor faz-se necessário uma grande queima de combustível resultando na emissão de gases poluentes para a atmosfera. Sem contar com os processos que por si só liberam gases como subprodutos. Logo, deve ser encaminhado para uma Estação de tratamento de Gases (ETG).
Um último aspecto ambiental é na utilização de solventes cujo volume necessário é muito maior que a escala laboratorial e ou plantas piloto. Muitos destes não podem ser eliminados e necessitam de uma etapa de recuperação.
Em conclusão, agora conseguimos entender o alinhamento né? A Engenharia Química busca integrar a necessidade de suprir a demanda, no menor custo possível e que estejam dentro do aspecto da sustentabilidade.
Mas calma!
Essas atividades não são executadas exclusivamente pelos profissionais da área? Por exemplo: Farmacêuticos na produção de fármacos.
SIM … E NÃO!
O que é executado por estes profissionais é na escala laboratorial. Nem sempre o que funciona no laboratório funciona em escala industrial. As proporções estequiométricas das reações irão mudar ao se tentar fazer um Scale-up.
Ou seja, a Engenharia Química intervém de forma a auxiliar a realização desta transição de forma a suprir toda a demanda requerida pelo mercado. Não se esquecendo dos sistemas de gestão integrada: Qualidade, Segurança e Meio Ambiente.
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