Primeiramente, o conceito de cidades inteligentes é um excelente caminho para os gestores públicos apostarem em ações locais que gerem resultados globais. Com isso podemos criar projetos através de parcerias e melhorando o desenvolvimento urbano sustentável das cidades.
A cada ano o Brasil tem presenciado eventos catastróficos causando diversos prejuízos à sociedade. Isso ocorre devido à falta de planejamento urbano, o uso e ocupação irregulares do solo, ameaças de rompimento de barragens, falta de saneamento básico, falta de planejamento hídrico, entre outras infraestruturas necessárias.
Cidades Educadoras
A princípio quando se fala em cidades inteligentes nós devemos lembrar que temos uma agenda a cumprir. Vale lembrar que, a Agenda 2030 e todos os projetos devem estar alinhados com os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), que estabelecem não deixar ninguém para trás. Precisamos promover cidades mais humanas, eficientes, sustentáveis e educadoras.
Vale lembrar que, uma Cidade Educadora é aquela que, além de suas funções tradicionais, reconhece, promove e exerce um papel educador na vida dos cidadãos, assumindo como desafio permanente a formação integral de seus habitantes. Na Cidade Educadora, as diferentes políticas, espaços, tempos e atores são compreendidos como agentes pedagógicos, capazes de apoiar o desenvolvimento de todo potencial humano.
Esse conceito vem ganhando relevância desde a década de 1990! Hoje não está mais limitado ao ambiente escolar e acadêmico, pois as discussões que propõem ganharam espaço.
Tecnologia, transportes e Cidades Inteligentes
O uso de tecnologias como meio de resolução de problemas das cidades nos conecta ao desenvolvimento sustentável, como é o caso do uso de veículos elétricos em grandes centros urbanos. Afinal, o transporte é uma rotina diária de quase todas as pessoas. Por isso, tem grande impacto nas cidades, seja na forma de poluição, trânsito, bem-estar físico e mental, qualidade de vida e eficiência como um todo da cidade, gerando novas oportunidades de negócios e atividades produtivas.
Por isso, buscar soluções de mobilidade elétrica inteligentes deve envolver tanto o transporte coletivo e público quanto o individual. A venda de carros elétricos vem batendo recordes no Brasil desde 2021. Assim, cada vez mais, as cidades começam a introduzir veículos eletrificados na frota de transporte público, em especial os ônibus.
Novo Marco Legal do Saneamento
Tão importante quanto termos mobilidade com fonte de energia limpa é termos saneamento básico nas cidades. Tão básico, mas, ainda muito atrasado no Brasil! De acordo com o ranking, o país ainda tem quase 35 milhões de pessoas sem acesso à água tratada. Cerca de 100 milhões não têm acesso à coleta de esgoto, resultando em doenças que poderiam ser evitadas, e que podem levar à morte por contaminação, um grande prejuízo à saúde pública.
Segundo dados, esse é o cenário quase dois anos depois de entrar em vigor o Novo Marco Legal do Saneamento, sancionado na Lei 14.026 de 2020. Portanto, quando os investimentos no setor atingiram R$ 13,7 bilhões — valor insuficiente para que sejam cumpridas as metas da legislação atualizada (Fonte: Agência Senado)
O saneamento básico é imprescindível para uma cidade ser inteligente. Em cada uma das diversas etapas do saneamento, o que a tecnologia faz é poder servir de apoio, levando a um novo patamar de Cidade Inteligente. Através do uso de sensores, Internet das Coisas (IoT) e Inteligência Artificial (IA) apoiando no monitoramento de telemedição e telemetria. O Brasil é um dos países que mais têm registros de vazamentos de água no mundo! Precisamos eviitar o desperdício de água potável e melhorar a eficiência desses serviços de distribuição.
Soluções para melhorar nossas cidades
Dessa forma, além do transporte, serviços de infraestrutura, as tecnologias da informação e comunicação podem contribuir para tomadas de decisões dos gestores públicos de forma rápida e assertiva.
Hoje podemos instalar dispositivos em postes da cidade que ajudam a definir, de forma rápida, locais que precisam de apoio para a microdrenagem. Ou seja, os postes conseguem mostrar que algumas áreas da cidade específicas alagam mais rapidamente. Com isso ajuda o gestor público ter esse dado em tempo real e poder investir naqueles pontos que mais necessitam de uma solução de infraestrutura.
Logo, deve-se atrelar ao desenvolvimento de novas políticas públicas e a realização de alterações estruturais nos centros urbanos, melhorando a qualidade de vida dos cidadãos, a sua segurança e garantindo o acesso ao meio ambiente! Esse é o principal objetivo da cidade inteligente.