Na era atual, as empresas estão percebendo cada vez mais a necessidade de adotar práticas conscientes e responsáveis em suas operações. Para o setor da engenharia, o tema ESG (Environmental, Social and Governance, ou Ambiental, Social e Governança) se tornou uma abordagem essencial para atingir metas de sustentabilidade corporativa. Um dos conceitos-chave dentro do ESG é a materialidade. Papel fundamental na identificação e priorização dos principais impactos ambientais, sociais e de governança que uma empresa deve abordar.
A materialidade refere-se aos temas que são mais influentes para os negócios incluindo a percepção das partes interessadas ou stakeholders. Ao identificar essas questões materiais, uma empresa pode concentrar seus recursos e se esforçar nos desafios que são mais relevantes para seu setor e contexto específico.
Alguns profissionais costumam comparar com velha conhecida matriz de Aspectos e Impactos ambientais que ficou tão popular durante o boom da ISO 14.001. A principal diferença é o escopo. Enquanto na ISO 14.001 o foco era apenas as questões ambientais na matriz de materialidade abrange também as questões sociais e de governança.
Engenharia e Materialidade
No contexto da engenharia, a materialidade se concentra principalmente em identificar os impactos ambientais decorrentes das atividades da empresa. Como a emissão de gases de efeito estufa, o uso de recursos naturais e a gestão de resíduos. Essas questões são fundamentais para a sustentabilidade corporativa, não apenas sob a ótica ambiental, mas também a imagem da empresa, perante a sociedade e seus clientes.
Uma das principais vantagens de adotar uma abordagem de materialidade na engenharia é a capacidade de priorizar ações e investimentos. Ao entender quais questões ambientais são mais relevantes para a empresa, é possível direcionar recursos para mitigar esses impactos de maneira mais eficiente e eficaz. Por exemplo, uma empresa pode optar por investir em tecnologias de energia renovável para reduzir sua dependência de combustíveis fósseis, ou implementar processos de reciclagem e reutilização de materiais em suas operações.
Além disso, a materialidade também desempenha um papel importante na comunicação com os stakeholders. Ao identificar as questões mais relevantes e relatar sobre elas de forma transparente, as empresas podem fortalecer sua relação com clientes, investidores e comunidades locais.
E, a divulgação de informações claras e precisas sobre as questões materiais demonstram um compromisso genuíno com a sustentabilidade. Em resumo, a materialidade é um conceito fundamental dentro do ESG para a engenharia.
E, gera uma possibilidade de atuação às diversas modalidades da engenharia como por exemplo: engenharia elétrica para energias renováveis, engenharia de alimentos e agronomia para segurança alimentar, engenharia ambiental e sanitária na gestão de resíduos, engenharia de minas na extração de minérios e muito mais.
Um olhar mais consciente
À medida que avançamos para uma economia mais consciente, é fundamental que os engenheiros lapidem seu olhar para as possibilidades que o ESG oferece na sua profissão. Não apenas dentro da indústria, mas em qualquer setor da economia que tenha a interferência do homem com o meio ambiente.
Para finalizar, é importante não esquecer que a materialidade deve ser avaliada periodicamente independente do controle de metas estabelecidas nos planos de ação que tenham sido implantados. Essa avaliação é importante na jornada da empresa dentro do ESG. Principalmente porque a percepção dos stakeholders sobre o negócio alteram com o aumento do nível de consciência sobre o tema sustentabilidade.