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Sonda Juno: missão para estudar o planeta Júpiter.

O planeta Júpiter é o maior do nosso sistema solar que orbita o Sol, tendo assim uma grande influencia no sistema solar. A sonda Juno vai ajudar a estudar como Júpiter se formou, se possui um núcleo solido e de que maneira ele gera seu campo magnético.

Confira neste artigo tudo sobre essa missão e além disso pode ouvir o som captado do planeta Júpiter, ficou curioso? Vem comigo!

Gigante Gasoso

Acredita-se que por volta de 4 bilhões de anos, uma grande nuvem de gás e poeira chamada de nebulosa solar colapsou formando assim nosso sistema solar. A maior parte da Nebulosa solar composta de gás hidrogênio formou nosso Sol. O restante da poeira foi se condensando para formar a Terra, assim como os outros Planetas, cometas e asteroides. Não há certeza do que exatamente gerou esse colapso inicial.

Devido a semelhança de gases descobertos no Planeta Júpiter e no Sol, como gás hélio e hidrogênio, o planeta gasoso foi formado muito próximo a formação do Sol. Sendo que essa composição predominante de gases só seria possível quando houve o colapso da Nebulosa Solar, no inicio do nosso sistema solar. A principal estrela do sistema solar está sendo estudada pela sonda Paker Solar Probre, confira aqui.

Júpiter possui dezenas de luas conhecidas em sua órbita com diversas características, as 4 maiores luas de Júpiter são: Io, Europa, Ganímedes e Calisto. Essas luas são conhecidas como Luas de Galileu, pois foram descobertas por ele entre o final de 1609 e início de 1610.

Saturn and its rings
Photo by NASA

Missão

O nome Juno vem na Mitologia Romana, onde Juno era a esposa do Rei dos deuses, Júpiter. Para o lançamento dessa missão não havia um foguete capaz de enviar a sonda diretamente para a orbita de Júpiter. Por isso, foi utilizado o que se chama de estilingue gravitacional usando o Planeta Terra para essa transferência de energia para a sonda.

Esse sobrevoo sobre a Terra ocorreu em 2013, dois anos depois do seu lançamento. A sonda realizou uma órbita depois de Marte e retornou sentido a Terra para assim ter a velocidade necessária para ir em direção a Júpiter.

Representação do lançamento da sonda Juno e utilização da órbita da Terra para seguir em direção a Júpiter. Fonte: NASA

A Sonda possui cerca de 20 metros de largura e 4 metros de altura, com a massa de 3.625 Kg. A sonda Juno possui três painéis solares, sendo a primeira missão enviada a Júpiter utilizando energia solar.

Campo Magnético de Júpiter

A Sonda Juno é equipada para realizar medições da magnetosfera do Planeta Júpiter. O campo magnético apresenta ser mais forte do que os encontrados em modelos prévios. Os dados mostram que na superfície de Júpiter o campo magnético é cerca de 30 vezes mais forte do que o campo magnético encontrado aqui na Terra.

Júpiter também pode produzir auroras em seus polos, pois quando partículas carregadas estão voando pelo espaço seu forte campo magnético faz com que elas colidam com a atmosfera solar do planeta.

Representação das Auroras do Planeta Júpiter. Fontes: NASA/ESA

Instrumentos da Sonda Juno

A Sonda Juno possui 8 instrumentos para realizar esses estudos científicos, sendo eles:

  • JADE (Jovian Auroral Distributions Experiment): é o instrumento utilizado para captar os elétrons e íons que criam as auroras nos polos de Júpiter.
  • JEDI (Júpiter Energetic-particle Detector Instrument) realiza medições assim como o instrumento JADE, porém o JEDI consegue elétrons na faixa de 40 keV a 500 keV (Kilo elétron-volts), enquanto o JADE observa elétrons abaixo de 30 keV (Kilo elétron-volts).
  • JIRAM (Jovian Infrared Auroral Mapper) esse instrumento faz observações de duas maneiras diferentes, sendo uma na forma de imagens (emissão de luz) e a outra na forma de térmica (infravermelho).
  • JCM (JunCam) é o instrumento responsável pelas imagens de luz visível, apesar de não ser um dos principais instrumentos da sonda, é responsável pelas imagens das divulgações cientificas ao público, podendo ter a participação de astrônomos profissionais e amadores nesse processo.
  • Magnetometer é o instrumento capaz de observar o campo magnético de Júpiter em 3D, para assim tentar entender como esse campo é gerado em seu núcleo.
  • MWR Microwave Radiometer esse instrumento realiza medições das ondas de rádio nas regiões atmosfera de Júpiter abaixo das nuvens, em 6 diferentes tipos comprimentos de onda.
  • UVS (Ultraviolet Imaging Spectrometer) é o instrumento destinado para realizar observações na luz ultravioleta, essa uma faixa de luz que não conseguimos enxergar devido a sua faixa de comprimento de onda. Assim como outros instrumentos o UVS, observará as auroras nos polos de Júpiter.
  • WAVES esse instrumento é capaz de medir as ondas de plasma e de rádio na magnetosfera do planeta Júpiter, possibilitando estudar como ocorre as interações da atmosfera, magnetosfera e o campo magnético do planeta.

Som de outro Planeta

A NASA (Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço) responsável pela missão, disponibilizou um áudio captado do planeta Júpiter, confira abaixo.

Áudio captado pela Sonda Juno do Planeta Júpiter. Fonte: NASA

Nesses tipos de missões espaciais como a sonda Juno problemas referentes a seu funcionamento podem ocorrer e muitas vezes podem ser decisivos para a falha da missão. Desse modo, o sistema de funcionamento da missão Juno possui sensores que monitoram diversos fatores como: a energia no sistema da sonda, a temperatura dos computadores abordo, e também possui um sistema de backup de alguns componentes como para a bateria.

Se acontecer alguma situação que a Sonda Juno não foi preparada, ela possui um sistema chamado de “Modo de segurança”. Esse sistema faz a sonda direcionar seus painéis solares em direção ao Sol. Dessa forma, ela possui energia suficiente para se comunicar com responsáveis da missão aqui na Terra e assim tomar as providências necessárias.

A Grande Mancha Vermelha

Uma das primeiras características quando se fala no Planeta Júpiter é a grande mancha vermelha desse gigante gasoso, que se trata de uma grande tempestade que ocorre a centenas de anos.

Júpiter
Planeta Júpiter. Fontes: NASA/ESA

Um fato interessante é que essa mancha vem diminuindo com o tempo, podendo até sumir por completo em algum momento. Para se ter uma noção do quão grande é essa mancha, nosso planeta caberia tranquilamente dentro dela. No passado essa mancha já foi de 2 a 3 vezes o tamanho da Terra.

Nesse sentido, podemos observar que as diversas missões voltados ao nosso sistema solar nos permite aprender mais, seja no desenvolvimento da missões ou com os resultado encontrados nelas.

Fontes: NASA/JPL/SwRI

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