Vivemos em um Mundo V.U.C.A. Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo, que se encontra em constante transformação. E na Engenharia de Alimentos não é diferente.
2020 comprovou tudo o que já ouvia-se falar sobre estas mudanças, principalmente no que se diz respeito ao futuro do trabalho e da convivência social/profissional.
E muito embora os efeitos econômicos para a Agropecuária sejam positivos, houveram sim inúmeras transformações necessárias em diferentes aspectos.
E o que mudou na Engenharia de Alimentos?
É mais fácil falarmos sobre o que não mudou na Engenharia de Alimentos! E pode-se afirmar que Fake News: isso certamente não mudou!
A Engenharia de Alimentos continua sendo alvo de muitas notícias falsas. E neste momento delicado onde os próprios órgãos responsáveis pela saúde e pela segurança alimentar se depararam com um adversário desconhecido, o resultado foi uma chuva de insegurança para os consumidores.
Mas, muitas questões já foram ou estão sendo esclarecidas. E uma coisa é certa: A Covid-19 NÃO é uma DTA (Doença Transmitida por Alimentos)!
Entretanto, as agroindústrias e toda a cadeia produtiva do setor alimentício precisam se adequar às novas práticas higiênico-sanitárias estabelecidas, a fim de prevenir uma contaminação cruzada a partir de alimentos, embalagens ou superfícies que tenham tido contato com algum hospedeiro da Covid-19.
Novas Práticas?
Obviamente, após toda essa reviravolta causada pelo novo Coronavírus, protocolos sanitários que garantam a segurança alimentar serão cada vez mais requisitados. Afinal, os consumidores estão superatentos e exigentes não só com a procedência, mas também com a rastreabilidade e cuidados sanitários desde a produção até a logística de distribuição dos alimentos.
No dia 18 de junho, os Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), da Economia (ME) e da Saúde (MS) definiram em portaria conjunta as medidas destinadas à prevenção, controle e mitigação dos riscos de transmissão da Covid-19 nas atividades desenvolvidas na indústria de abate e processamento de carnes e derivados destinados ao consumo humano e laticínios (Acesse aqui).
Entre as orientações previstas pela portaria está o distanciamento mínimo de 1 metro entre os funcionários, o uso obrigatório de máscaras de proteção e demais EPI’s, o acompanhamento de sinais e sintomas de Covid-19, alterações nas escalas de trabalho, reforço quanto a limpeza e desinfecção dos locais de trabalho e a continuidade e reforço no cumprimento das Boas Práticas de Fabricação (que mesmo antes da Covid-19 já eram exigidas).
Esta portaria pode ser atualizada a qualquer momento em virtude do conhecimento e do controle da pandemia. Portanto, atualize-se com fontes seguras → aqui.
O Serviço de Inspeção Federal (SIF) também continua funcionando normalmente e já emitiu relatórios de atividades de inspeção para acompanhar os impactos decorrentes da pandemia.
Então, o que esperar da Engenharia de Alimentos daqui pra frente?
Como já mencionado: Bem-vindos ao Mundo V.U.C.A!
Muita coisa ainda pode mudar. Mas é certo que a segurança dos alimentos será uma grande preocupação do mundo inteiro após esta pandemia.
E ela está diretamente relacionada ao trabalho exercido pelo profissional da Engenharia de Alimentos.
Logo, implantar, seguir e reforçar as Boas Práticas de Fabricação atendendo às recomendações supracitadas é imprescindível para garantir a qualidade e a segurança dos alimentos e consequentemente, a saúde e a confiança do consumidor.
Tudo isso está nas mãos deste profissional versátil, bem como também, de diferentes outros profissionais, sejam estes ligados à Engenharia ou não.
O importante é entendermos que, neste momento, cada um precisa fazer a sua parte, seguindo as orientações de forma cuidadosa e sobretudo com ética, na esperança de que o Mundo V.U.C.A (pós Covid-19) pode sim, ser um Mundo Melhor.