Sabemos que na atualidade o lixo é um dos grandes problemas mundiais. O consumo desenfreado, falta de conscientização populacional e descarte inadequado geram diversos problemas nas cidades.
Assim surge uma maior preocupação com essa adversidade que encontramos na nossa sociedade, tendo uma maior conscientização da importância da reciclagem e formas criativas de aproveitar materiais que seriam descartados.
Tem casa para todo mundo?
Outro problema grave vivenciado nas cidades do Brasil e de vários lugares do mundo é a falta de moradia. Esse assunto se baseia na falta acesso por parte da população a locais com condições mínimas de habitação.
Segundo pesquisas em 2020 realizadas pela ONU, existem mundialmente pelo menos 800 mil pessoas que não possuem um lugar para morar e 1 bilhão que moram em habitações consideradas inadequadas.
Do lixo ao teto
Pensando nesses dois problemas enormes, uma startup mexicana chamada EcoDom trouxe uma solução inovadora: porque não transformar lixo em moradias populares? Utilizando o plástico que é um material demora centenas de anos para sua decomposição, poluem oceanos e enchem lixões, desenvolveram opções viáveis de moradias.
Segundo membros do negócio, essa é uma solução que promove materiais duráveis, resistentes resultando uma residência com isolamento acústico e térmico, com baixo custo e além disso ajuda o meio ambiente.
Mas essa casa resiste mesmo?
O CEO da empresa garante que o material pode resistir até o dobro do que os materiais convencionais usados hoje em dia. Confirma que acelera a fase de construção e proporciona economia de 25% do custo total da obra.
Sobre a resistência, garante também que os materiais usados na Engenharia Civil resistem 2,5 quilos por centímetro quadrado e os oriundos do plástico 5,3 quilos por centímetro quadrado.
Quanto custa uma casa de plástico
De acordo com a empresa responsável por essa inovação, uma casa popular com materiais provenientes da reciclagem, com em média 42 metros quadrados, custa em média U$ 265 dólares e demora uma semana para sua construção. Vale ressaltar que além da economia, o material utilizado é durável e impermeável.
Contudo há outro fator interessante é que 10% dos lucros obtidos nessas construções, são destinados a causas sociais e também há a possibilidade de os compradores pagarem a sua casa com trabalho, ao invés de dinheiro.
Quantidade de plástico retirado do meio ambiente
Atualmente são produzidos cerca de 120 painéis por dia pela empresa de acordo com o seu fundador, o que faz com que aproximadamente 5,5 toneladas de plástico não sejam desperdiçadas na natureza. Portanto para execução de uma casa simples, são usados em média 80 painéis que representam 2 toneladas de plástico.
Como é feita a coleta do material
Geralmente os materiais coletados são garrafas vazias e brinquedos descartados, que são facilmente encontrados em grandes centros urbanos facilitando a obtenção de matéria prima. Há operações de mutirão entre funcionários e voluntários pelas ruas à procura de plástico para ser empregado nessas construções.
Fora essa coleta feita diretamente pela startup, eles fazem a compra do material por quilograma de pequenas empresas.
Processo produtivo
Primeiramente há uma seleção prévia dos materiais plásticos recolhidos, logo após é feita a trituração do mesmo através de um processo industrial transformando-os em flocos. O resultado desse processo é colocado em moldes, derretidos e ao chegarem no estado de plasma são levados à uma prensa onde aplica-se uma pressão e assim tendo a matéria prima dos elementos da construção.
Mudar vidas e salvar o meio ambiente através da construção
Segundo Carlos Gonzales, o fundador da empresa “Nosso objetivo é limpar profundamente o México e o mundo de plástico, aproveitando o potencial de construção de suas propriedades.
Além disso, a EcoDom em 2017 começou a doar casas para famílias no mundo todo, trazendo condições habitacionais para diversas pessoas.